Sempre tive vontade de guardar as minhas lembranças.Mas agora sinto necessidade de escreve-las. Tenho medo de esquecer tanta coisa legal e especial que já vivi. Então, resolvi criar um post para que as pessoas entendam o que me levou até o "Quero Ser Beyoncé"... E botando a cachola para funcionar: NÃO É QUE TUDO FAZ SENTIDO!....rs....
No começo foi
assim....
Lembro bem quando ganhei meu primeiro vídeo cassete. Foi o
maior acontecimento da minha vida. Poder pausar, acelerar, voltar as minhas
cenas prediletas era a coisa mais legal do mundo. Gravava os filmes na “Sessão
da tarde” e ficava a noite inteira assistindo. O mais copiado? “Curtindo a Vida
Adoidado com Mathew Broderick. Não posso negar que amava os filmes nacionais
com Xuxa, os trapalhões, Angélica... Eta época boa. Trocava uma brincadeira na rua por
um dia em frente a Tv....Também, eu era a criança mais feia do mundo...Meus
dentes eram quase 180° virados e havia dois caninos perto do nariz ,e ,um outro
no céu da boca...kkkk....Eu era terrível!
O meu refugio era a televisão, a sessão de cinema, os vídeos
que eu alugava na locadora.... Para mim, cinema era o maior acontecimento da
face da terra. Eu sentia todas as sensações sem sofrer um arranhão. Era o ápice
do prazer!
O primeiro roteiro que escrevi foi quando tinha 12 anos. Era
um texto inspirado nos trashs movies adolescentes. Tinha sangue, rock and Roll
e havia até uma prostituta que dançava
The Doors....rs...mandei uma cópia para a Columbia Tristar Brasil e eles me
responderam com um caloroso: Não – seu
roteiro é muito forte . Nem mesmo você poderá assisti-lo....rs.... Para um
garoto de 12 anos, ouvir um não era como um tiro a queima roupa. Eu chorava
compulsivamente.
Câmera Filmadora
Meu maior sonho era ter uma câmera de vídeo. Achava que aos
quinze anos já seria um talento da 7º arte... kkkkk...(como eu me achava).
Lembro que quando completei 14 anos meus pais me prometeram dar uma câmera. Mas
como o salário deles era pouco iríamos fazer um acordo com a minha tia Cida
para que ela abrisse um crediário nas Casas Bahia. Aquela noite eu nem dormi,
fiquei ansioso para que amanhecesse logo para eu ganhar a minha querida câmera.
No outro dia a minha tia não chegava. Fiquei aflito. A minha mãe se aproximou e
disse que infelizmente ela não iria comprar a câmera por que não dava para
colocar no orçamento. Aquela época não existia câmera digital e ter uma câmera
filmadora era luxo para poucos. Chorei muito e fiquei com raiva por não poder
ter o que eu queria. Duvidei até da existência de Deus, e disse que se não
ganhasse uma câmera naquele momento duvidaria para sempre de sua existência. Em
menos de cinco minutos minha tia aparece de minha mãe resolve comprar a câmera.
Foi o segundo dia mais feliz da minha vida (depois do vídeo
cassete). Tratei logo de juntar os meus manuscritos e começei a chamar meus
vizinhos para fazer meu primeiro filme de terror... kkkk....Meu pai fez até
churrasco para a escolha do elenco. Foi a vizinhança toda. Mas os meus filmes
eram um desastre. Os atores não conseguiam decorar nem mesmo uma frase com três
palavras...rs...
Meu pai sempre disse: “- Filho, as coisas só acontecem na
hora certa” Naqueles momentos sentia-me culpado por ter duvidado da existência
de Deus. Eu tinha a câmera, mas talvez não fosse o momento certo. A partir
desse acontecimento comecei a acreditar mais ainda em Deus e aprendi que as
coisas só acontecem quando realmente somos merecedores.
Sentia-me culpado por fazer meus pais pagarem um preço tão
alto por conta do meu sonho, com 14 anos, decidi que deveria trabalhar para pagar o meu sonho.
Stúdio Fátima Toledo
Fazer cursos de cinema parecia impossível para mim, pois,
meus pais nunca tiveram condições para pagar. Então, resolvi mandar o mesmo
roteiro que mandei para Columbia para uma revista chamada Video Maker, na época
o editor era Beto D’eboux e ele achou engraçado a forma como eu escrevia. Eu
achava que fazer cinema era fácil e pedi patrocínio para ele (ingenuidade... kkkk)
O Beto encaminhou a minha carta para uma experiente coach do cinema brasileiro,
Fátima Toledo, e ela se sensibilizou com a minha vontade de fazer cinema. Fátima
foi uma mestra para mim. Ela marcou uma reunião, comigo e minha mãe, sentou-se
frente a mim e explicou como era o processo de fazer cinema, as dificuldades, a
forma como era feito, os obstáculos que eu deveria passar... Nem ela mesma poderia fazer qualquer filme
que quisesse – exclareceu Fátima Toledo.
Fátima me deu a primeira oportunidade de emprego. Virei o
office boy oficial do Stúdio Fátima Toledo. Era uma realização maravilhosa ver
pessoas atuando dentro daquele espaço maravilhoso. Pessoas belas, sonhadoras...
Artistas... Meus olhos brilharam quando vi Sergio Mamberti (Tio Vitor) e Rosi Campos ( Bruxa Morgana) ensaiando para “Castelo rá-tim-bum- O
filme”. Gelei quando vi Walter Salles cruzar o meu caminho no corredor da
escola. A partir daquela experiência a vontade de criar novos mundos só
aumentou. Então, nunca mais desisti de fazer o que eu gostava. Lia todos os
livros que ela recomendava e que os professores do Stúdio passavam. Fiquei
feliz quando descobri que a forma profissional era quase igual a forma que eu
escrevia. Eu passava horas nas livrarias lendo as revistas de cinema e os
livros que eu não podia comprar. Às vezes cabulava aula para passar a tarde no
shopping ouvindo músicas e imaginando as cenas do meus filmes.
Editora Saraiva
Com 16 anos tive que mudar de emprego por que eu precisava
ajudar em casa. Fui
trabalhar como mensageiro interno da editora saraiva. A melhor experiência da
minha vida. Foi naquele local que eu recebi os maiores incentivos... Gravei
muitas ceninhas com a minha primeira câmera handycam vision hi8 que era o me xodó.
Lembro que nas primeiras semanas em que ganhei dormi com ela ao lado do meu
travesseiro. Na Saraiva eu e os outros mensageiros nos divertíamos fazendo
vídeos que mais pareciam um festival de vídeo – cacetadas... rs...
Teve um dia em que pedi para um amigo se pendurar em uma
ponte na rodovia dos Imigrantes para forjarmos uma cena de desespero... Ele
gritava “SOCORRO”... E eu gritava: - ESSA CENA TÁ MARAVILHOSA! A minha mãe
quase enfartou quando viu a cena, o pior era imaginar a possibilidade do menino
caindo com aqueles carros passando em alta velocidade.
Ah! não posso esquecer
do Eltom e da Viviane, meus amigos da adolescência que me ajudavam a gravar as
cenas mais engraçadas do mundo...uma vez invadimos uma obra para gravar um
filme de terror. Os operários ficaram enfurecidos e quase não nos deixaram sair...
Queriam ligar para nossos pais...rs...Mas felizmente conseguimos escapar.
Bom... (continuando com a Saraiva)... rs...foi lá que
escrevi a maioria dos meus roteiros,ainda amadores. Foi lá, também, que escrevi
a primeira versão do “Sempre Amigos” meu blog. Que no ínicio tinha o título de
GUEIS (Garotos- ultra- Especiais - inteligentes e Simpáticos)
Lembro-me que para escrever o
final da primeira versão (ainda como roteiro) me tranquei no quarto e fiquei
mais de doze horas. Foi o dia mais feliz da minha vida, mas, ao mesmo tempo em
que me sentia satisfeito, também sentia um vazio enorme por não poder mais
estar em contato com os meus personagens.
Hoje em dia meus queridos
personagens podem ser vistos no Blog e em um vídeo que fiz no 2º semestre da
faculdade chamado 3/4 De Amor. Resolvi adaptar a história para se tornar um
livro. Só falta publicar... rs...
Mas nada disso seria possível se
pessoas tão importantes não tivessem passado pela minha vida. Pessoas que me
estimularam, que não me deixaram desistir. Lembro-me o dia em que sentei na
minha mesinha (lá na saraiva) e chorei por que não conseguia achar sentido em
escrever se não tinha ninguém para ler. Um amigo, muito querido, chamado Robson
Cacau sentou-se em minha frente e me disse que eu não poderia parar por que eu
realmente sabia escrever. Eu disse a ele: - Mas
cacau, ninguém lê! As produtoras devolvem os meus roteiros sem se quer abrir o
envelope! E ele disse: - escreva! Eu
leio!
Aquele estímulo foi o bastante
para que eu não desistisse do meu sonho. Eu tinha um leitor! O meu primeiro
leitor! A cada página terminada ele chegava e pedia para ler. Era incrível como
ele correspondia a reação dos personagens! Até eu me assustava com os
acontecimentos na vida dos personagens! Parecia que eles criavam vida própria! A
partir desse momento, criei coragem e comecei a pedir opinião de várias
pessoas. Meus amigos começaram a ler: o Sérginho, o Caio, o Lulão. Meus amigos
da época do colegial: a Vivi, a Débora, o David.
Se não fossem essas pessoas eu
nunca teria fôlego para terminar essa missão. Eles foram o combustível para eu
continuar percorrendo a minha jornada...
As pessoas mais importantes da minha vida...
Não posso esquecer das duas
pessoas mais importantes da minha vida. O senhor José Luis Rege e a dona Maria
das Graças, meus pais. Eles são os maiores motivos para que eu conseguir
realizar todos os meus sonhos, e olha que são muitos. Esses paizinhos lindinhos
sempre me motivaram a nunca desistir dos meus sonhos. Eles sempre respeitaram a
minha arte. Deixavam a casa silenciosa quando eu precisava escrever ou gravar
alguma cena para os curtinhas que eu nunca conseguia finalizar....rs... Sempre
me apoiaram em todas as minhas decisões, mesmo quando aos vinte anos eu resolvi
largar tudo para me especializar no que eu queria: - estudar cinema. Não foi
nada fácil, mas eles seguraram a barra e me deixaram voar. Sempre me auxiliando
nos pousos... (mas essa fase conto mais tarde).
A grande virada...
Com 18 anos tive a minha primeira crise existencial. Achava
que seria impossível conseguir realizar o sonho de ser diretor e roteirista. Eu
já havia completado o colegial e achava impossível fazer uma faculdade. Tinha
medo dos meus pais acharem que eu era um fracassado. Então, sem pensar, me
alistei no serviço militar obrigatório e fui encaminhado para Aeronáutica!
Valtinho Rege na Aeronáutica? Seria o meu fim...
Certo dia, naquelas intermináveis entrevistas e testes físicos
para a seleção dos novos recrutas eu estava, como sempre, viajando em minhas
histórinhas. Não tem jeito, se eu ficar parado por um minuto já começo a
fantasiar situações... rs...Bom, o militar perguntou quem era voluntário e em
um ímpeto louco levantei a mão. Demorou alguns dias para que eu saísse da
órbita em que me encontrava para cair na real e me perguntar: - Que merda eu
fiz?....kkkkkk
O primeiro dia foi o pior, fizeram-nos fazer a barba sem
água e sabão, só com a gilete. Era tanto sangue no chão que eu tive a coragem
de pedir pra sair... kkkkk...doce ilusão, tornei-me alvo de gracinhas e
chacotas. A minha turma inteira arrumou as malas e seguiu viagem rumo á base
área de Guarulhos...
Querem saber? AMEI A EXPÊRIENCIA!!!
Pela primeira vez na vida pude passar por experiências pelas
quais eu não tinha controle. Eu não tinha controle nem da minha ida ao
banheiro...kkkkkk...Ao mesmo tempo que o sofrimento era terrível e doloroso, a
experiência do serviço militar “obrigatório” era edificante para mim. Cada vez
mais eu me dava conta de que podia muito mais do que imaginava, e que romper
fronteiras era infinitamente estimulante.
Descobri que somos seres que podemos TUDO, mesmo o que
pensamos que não podemos.
Aprendi a sobreviver em um mundo terrivelmente hierárquico.
Descobri os limites do meu corpo. Exorcizei vários medos. Nadei, pulei,
escalei, apanhei e no final do dia respirava fundo e pensava: - Ufa! Consegui!
Mas essa experiência me fez acreditar que eu jamais poderia
desistir do meu sonho. A maioria dos militares vivem uma vida voltada para seu
ofício. É como um sargento de lá dizia: - Vocês se casaram com a Aeronáutica.
Adorava ver como meus amigos se empenhavam para ser o melhor
soldado, o melhor atirador, o melhor nadador, o melhor chefe de equipe, o
melhor corredor... Lembro-me quando vestimos a farda pela primeira vez, todos
contentes, envolvidos e eu...eu não sentia nada, não queria ser o melhor,
apenas queria fazer as coisas direito, então descobri que não adiantaria nada
eu continuar em um lugar em que eu não me sentia realizado. Sabia que em breve
viria um bom dinheiro, concursos com vagas garantidas, etc, mas não era a minha
vibe, então, depois de um ano resolvi voltar para o meu sonho, resolvi tentar
ser feliz naquilo que eu sabia fazer: CRIAR HISTÓRIAS!
Depois de um ano de muitas lutas dentro do quartel resolvi
trilhar o meu caminho. E nunca, jamais desistir dos meus sonhos!
Rumo ao meu futuro....
Câmera na mão, sonho
no coração e uma mochila nas costas.
Voltar para “vida real” foi estimulante! Novos sonhos, novas
barreiras, novas histórias e um novo Valtinho. Sai da aeronáutica com tanta
história para contar que me sentia até celebridade... rs...As pessoas não
achavam que eu seria capaz de passar por tantas experiências fortes ( aliás,
nem eu achava que seria capaz...rs). Voltei para meu antigo emprego e estava
disposto a lutar para uma nova vida. Álias bota nova vida nisso. Depois de
alguns meses longe da aeronáutica resolvi pedir demissão do emprego e me
dedicar exclusivamente á busca do meu sonho (eu não tinha condições para isso,
mas resolvi seguir o meu coração, meus pais me apoiaram e disseram que me
ajudaria no que fosse possível. Eles são os melhores pais do mundo... rs).
Comecei a fazer cursos de cinema pela prefeitura da cidade de Diadema e conheci
pessoas maravilhosas, que assim como eu amavam a magia do cinema. Mestres como
Francisco Glauter, Herbert Viana, Paulinha Issai, André Okuma, Sergio Pires me
deram as primeiras noções de roteiro e direção.
Álias, a época do curso de cinema foi a mais difícil por que
eu não tinha dinheiro nem pra pegar o ônibus. O curso era oferecido pela
prefeitura de Diadema e apesar de morar próximo a cidade, o bairro não ficava
tão perto. Era uma hora para ir e uma hora para voltar. Quando eu pensava em
desistir sempre ouvia a voz do meu pai dizendo: - Não desista meu filho. Nada que vem fácil é valorizado. Lute. As
palavras do meu pai era um estímulo para continuar literalmente caminhando.
O caminho acabou se tornando agradável, e, mais demorado,
pois, de tanto fazer o mesmo trajeto todos os dias acabei fazendo amizades... rs...Ao
invés de uma hora demorava duas
horas...rs...Nessa época, já com vinte anos , eu estava com sede de aprender e
nada poderia me deter. Comecei a fazer oficinas de teatro a tarde na antiga
febem ( atual AEB) e também andava quase uma hora para ir, e uma hora para voltar...
Em um dia eram quase quatro horas a pé....kkkkk....Mas eu curtia andar de
sandália , bermudão e uma bosinha de Hippie do lado....Aquela época foi transformadora...rs...
Mas o período sábatico durou um pouco mais de um
ano....rs...eu precisava ajudar em casa e estava quase virando um artista
frustrado. Precisava estabelecer metas e parar de pensar que a ajuda viria do
nada. Comecei a cogitar as possibilidades de trabalhar em um lugar que eu
gostasse. Pensei, pensei e zás...Blockbuster
Vídeo ! Na época a locadora ainda era uma febre e seria o máximo lidar com
filmes o dia inteiro. Foquei nessa meta e comecei a enviar currículos para
todas as lojas. Em menos de dois meses fui convocado para trabalhar lá e Puts: - Fiquei apenas quarenta e cinco
dias por que saquei que meu negócio não era apenas indicar os filmes. Eu queria
fazê-los!
A frustração se transformou em motivação quando o meu melhor
amigo Jean Paulo Forastiere (costumamos dizer que somos alma gêmeas de amizade)
e eu resolvemos fazer uma loucura: VIAJAR PARA O RIO DE
JANEIRO COM UMA CÂMERA NA MÃO, UM SONHO NO CORAÇÃO E UMA MOCHILA NAS COSTAS....rs....Queríamos ir a todas as produtoras do
Rio de Janeiro tentar mostrar o nosso o projeto “Sempre Amigos” (uma história
de amizade e amores platônicos). O nosso objetivo era tentar recursos para
produzir o filme e gravar todo nosso esforço transformando toda experiência em
um documentário. Minha mãe ficou louca, e a dele também... rs...Fizeram até
festa de despedida, mas o sonho não passou de ilusão. Nossos pais nos
convenceram o quanto era perigoso e arriscado e acabamos desistindo da
aventura. Talvez não fosse o momento, por que coisas maravilhosas ainda estavam
por acontecer.....
Sua historia é linda e agora o que faz, trAbalha mesmo na aerounática? gosto do
ResponderExcluirque esta fazendo bjs boa sorte e escreve mais é miuto bom...
Oi Anônimo...rs...Na verdade ainda não acabei a histórinha da minha vida, falta um montão de coisa ainda! Mas em breve atualizarei o blog! Muito obrigado pelo carinho e incentivo! Energia Positiva Sempre!
ResponderExcluireu tenho que ser sincera eu gosto de ler mais eu nunca leio um texto comprido todo se não for bom e o seu foi muito legal! eu comecei a ler e não conseguir para de ler. realmente da filme muito bom. também estou escrevendo um filme, mas é de terror! e eu entendo pelo que vc passou escreva sempre por quer sempre vou ler. realmente vc tem talento.
ResponderExcluirAh Chrislene!!! Nossa fiquei muito feliz por isso!!! Tem mais coisas pra contar, mas o tempo é tão escasso! Não desista dos seus sonhos! Também amo terror e suspense e um dia quero dirigir um filme nesse gênero! Quem sabe um dia trabalharemos juntos né? Bjão no coração ...smackkkkkkkkkk
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